Nunca diga NUNCA!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Poema

Quando de te fujo e me desvio cauto
Da luz de fogo que te cerca, ó bela,
Contigo dizes, suspirando amores:
"-Meu Deus, qie gelo, que frieza aquela!"

Cmo te enganas! meu amor é chama,
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco...
És bela - eu moço; tens amor, eu - medo!...

Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
Da luz, da sombra, do silêncoa ou vozes,
Das folhas secas, do chorar das fontes,
Das horas longas a correr velozes.

Casimiro de Abreu

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